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Estruturas metálicas viabilizam a construção rápida de obras comerciais
Sistema construtivo é empregado em lojas, restaurantes e clínicas médicas, que têm prazo de 30 a 90 dias.

Estruturas metálicas viabilizam a construção rápida de obras comerciais


Lojas, restaurantes e clínicas médicas, entre outros imóveis comerciais, pedem obras rápidas, que levam de 30 a 90 dias para ficarem prontas. Do projeto à execução, os profissionais miram em processos construtivos que colaborem com projetos prazos urgentes. É o caso do arquiteto Thierry Dinis Ribeiro Gonçalves Pereira, sócio-proprietário e responsável técnico da R2T Construtora, especializada nesse tipo de obra. “Nos últimos oito anos, construímos mais de 60 mil m² de obras rápidas, sendo que em 90% delas utilizamos estruturas metálicas”, conta. Segundo ele, esses estabelecimentos têm área variável de 40 a 400 m². A partir do projeto de arquitetura apresentado pelo cliente, a empresa cria as soluções de engenharia para agilizar a execução.

Uma das obras mais rápidas que a Compacto Engenharia realizou, ao longo dos seus 22 anos de existência, foi a da unidade do supermercado Sé no bairro paulistano de Moema, que tem 1,2 mil m². “Construímos do zero, em menos de 45 dias. Ou era isso ou não teríamos a loja pronta antes do Natal”, comenta o engenheiro Carlos Fernandes, diretor da construtora. Ele reforça que a adoção da estrutura metálica ajuda, e muito, quando se tem um cronograma apertado.

A experiência da R2T é similar. Pereira conta que construiu, recentemente, uma loja de rua da Pizza Hut, em Santos (SP). O projeto inicial previa toda a estrutura de alvenaria, e o lojista queria a obra concluída em 90 dias. “Refizemos o projeto, introduzindo a estrutura metálica e deixando apenas as fundações de alvenaria estrutural. O prazo foi cumprido, mesmo se tratando de uma área de cerca de 600 m²”, ele afirma.

Em obras de reforma de antigos casarões, como as feitas por Fernandes para o grupo Dr. Consulta, em São Paulo, é usual eliminar ambientes compartimentados para criar um grande salão, de acordo com o projeto de arquitetura. “Construções residenciais anteriores à década de 1960 não utilizavam pilares nem vigas estruturais, papel que cabia às paredes de tijolos maciços. Ao removê-las, é necessário criar reforços para sustentar a laje e o pavimento superior. Optamos por estruturas de aço, porque com concreto demoraria três vezes mais”, justifica.

Outra característica da obra rápida é a limpeza. Adquiridos os perfis, a empresa faz a usinagem – recortes e furações – num galpão. Quando as peças chegam à obra, é só montar, utilizando solda e parafusos. Um exemplo é a escada de emergência de aço construída pela R2T. Ela foi inteiramente parafusada em um prédio de dez pavimentos no centro de São Paulo (SP). Foi preciso apenas fazer alguns retoques de pintura depois de instalada.

EXCELENTE CUSTO-BENEFÍCIO

“Mesmo sendo um sistema que fica entre 20 e 30% mais caro do que os convencionais, a estrutura de aço permite que a loja seja inaugurada mais rapidamente, no prazo planejado, e o proprietário acaba ganhando nas vendas. Num cálculo rápido, fica até mais barato”, observa Pereira. O diretor da Compacto Engenharia acrescenta que, se for utilizado concreto, o atraso de um mês fará o cliente perder em faturamento. “Muitas vezes, ele sofre a pressão de um concorrente que está localizado nas proximidades ou que logo vai abrir seu ponto de venda. Então, na ponta do lápis, o custo-benefício é favorável”, observa.

Os números das construtoras consultadas revelam redução de até 40% na mão de obra necessária para erguer a estrutura se comparada ao sistema de concreto. Com o uso do aço, também diminui em cerca de 20% o tempo que as equipes técnicas dedicam ao planejamento de obras e à concretagem. Além disso, aguardar o tempo da cura do concreto pode representar até um terço do prazo de execução. “Muitas vezes, eliminamos até o escoramento da laje com o aumento do número de vigas de aço. Ou seja, finalizada a estrutura e a laje, já entramos com os elementos de acabamento”, explica Pereira.

ACABAMENTO: DIVERSAS OPÇÕES

Estruturadas com aço, as paredes recebem fechamentos diversos, de painéis metálicos a alvenaria e, internamente, drywall. “Alguns arquitetos optam pelo fechamento com telhas metálicas, que dão à edificação um aspecto mais industrial”, lembra Fernandes. Já o piso do mezanino de lojas pequenas, de acordo com Pereira, é feito com placas de compensado de madeira específicas para esse fim. As alternativas para áreas maiores são as lajes treliçadas ou stell deck.

Em plataformas técnicas, como casas de máquinas, é comum o emprego de chapas corrugadas de aço. “Numa loja Burger King ou do grupo Pão de Açúcar, por exemplo, uso estrutura metálica para a área de clientes e executo uma estrutura superior, que vai abrigar a plataforma técnica, totalmente de aço, inclusive o piso. É uma solução rápida e segura, que construímos com uma única equipe”, revela o sócio-proprietário da R2T.

Prática recorrente é fazer o fechamento da estrutura com parede de tijolos e encapar os elementos metálicos com tela, para permitir a aderência do reboco. “Fica perfeita e não trinca”, elogia ele. Nos últimos dois anos, tornou-se tendência deixar a estrutura metálica aparente, sem qualquer revestimento, apenas pintura. “Construí alguns prédios comerciais, com dois ou três pavimentos, usando aço. Inclusive a sede de um escritório de arquitetura, que ficou pronta em seis meses. Ganhamos cerca de 50 dias com esse sistema construtivo, e o resultado estético ficou bem interessante”, relata Pereira.

Nas obras de shopping centers e prédios comerciais que construiu, Fernandes aplicou na estrutura de aço aparente produtos de proteção contra incêndio, exigência para obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). “Até mesmo em estrutura de elevadores monta carga dentro de lojas é preciso tratar o aço. Com esse cuidado, teremos uma estrutura para a vida toda”, finaliza.

Fonte: Cbca




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